Nas consultas clínicas e psiquiátricas são observados as evoluções do quadro de desintoxicação e o acompanhamento de possíveis comorbidades (distúrbios psiquiátricos associados à dependência química).
Diariamente o serviço de enfermagem atende os acolhidos em suas queixas, na administração de medicação conforme prescrição médica e na avaliação das condições do estado geral físico.
Além de tratar os problemas físicos rotineiros de um acolhido, a equipe de enfermagem, psicológica e terapêutica ajudam o acolhido a manter-se focalizado na sua reformulação de vida, e não somente nos sintomas físicos.
A filosofia do nosso tratamento é permitir ao acolhido um espaço com apoio terapêutico, igualitário, laico, com liberdade de expressão, isento de contenção medicamentosa ou mecânica (isolamento).
Utilizamos um modelo de tratamento dinâmico. A todo o momento o acolhido em reabilitação participa de atividades terapêuticas e reavalia sua condição auxiliado pela equipe técnica. O papel da equipe é de facilitador no processo, o acolhido é o protagonista de seu tratamento.
Conhecer o perfil do dependente químico que busca auxílio em nossa unidade de recuperação é importante para a elaboração de estratégias de tratamento buscando a integração desses indivíduos à família e a sociedade.
A recuperação envolve reabilitação, reaprendizagem ou restabelecimento da capacidade de manter um estilo de vida positivo. As metas de recuperação prevalecem às mesmas para todos: Aprender ou reaprender a ter estilos de vida positivos em que as drogas não se façam presentes.
A recuperação envolve ainda a mudança do modo como os indivíduos percebem a si mesmo no mundo, ou seja, sua identidade.
O foco do tratamento é como viver: Não só, não usar, mas sim, como viver sem usar.
Não temos a resposta exata para cada indivíduo, pois o ser humano é uma infinidade de complexidades. Por isso colocamos os acolhidos num ambiente que tem a máxima probabilidade de encontrar as respostas para seu caso.